COLUNAS / ARTIGOS

Meu bem, meu mal na Umbanda.

Nos primórdios da era Vargas até 1950 as religiões de matrizes africanas sofreram perseguições, preconceitos, apagamentos e assim a fé de origem africana ficou mal vista. Apesar do racismo estrutural, institucionalizado, muitos procuram as casas espíritas, onde são abrigados, gratuitamente, amorosamente, apesar dos interesses subalternos que divulgam inverdades sobre Umbanda.

O historiador Luiz Antonio Simas é uma dessas figuras fascinantes e múltiplas que só poderia existir no (nosso) Rio de Janeiro: poeta, compositor, professor e, como ele mesmo se define, “festeiro” e “fresteiro”. A festa, para Simas, é esse “espaço de construção do protagonismo das cidadanias negadas”, enquanto a fresta é a oposição à domesticação dos corpos e das cidades aquele lugar onde “o corpo garrincha-se, terreiriza-se”. Seu objeto de estudo e escrita são as festas e frestas, figuras, histórias, práticas e ritos que existem em oposição ao domínio e à colonização, em um espaço entre a realidade e o encantamento.

Acontece que no meio de tudo isso, e ao mesmo tempo, produzimos formas originais de inventar a vida onde amiúde só a morte poderia triunfar. Uma brasilidade forjada nas miudezas da nossa gente, alumbrada pela subversão dos couros percutidos, capaz de transformar a chibata do feitor em baqueta que faz o atabaque chamar o mundo; produtora incessante de vida no arrepiado das horas, nas tecnologias do despacho na encruza e na alteridade da fala: língua do congo, canto nagô, baque virado na vida de caboclo estremecendo a aldeia. Macumba!Mas o que seria, afinal, a macumba? Umbanda é macumba?”

Compreender essa cosmogonia tão própria ajuda a entender as escolhas do autor em “Umbandas” (acertadamente no plural), seu mais recente livro publicado pela Civilização Brasileira. Trata-se, como deixa claro o subtítulo, de uma visão da história do Brasil conforme construída pelas manifestações religiosas populares.

O autor passeia pelas histórias (sempre no plural) da religiosidade popular, falando de práticas como calundus, pajelanças, danças, juremas e mandingas. A proteção do corpo e da alma, as divinações. O encantamento é tema central com suas tecnologias de cura (os transes místicos, orações, garrafas e xaropes) e espaços de intersecção e comunicação com e pelas bocas, corpos e danças dos vivos. Aliás, para as umbandas, como bem lembra o autor, entre a vida e a morte, “não existe dicotomia, mas interação”.

Em “Umbandas”,Simas trata os sincretismos como muito mais do que simples mistura de tradições e sim como própria força criadora da história brasileira, pois intimamente ligados às movimentações espaciais e sociais por que passam o país e a sua gente. Caboclos migram das práticas de juremas para os terreiros na medida em que índios e africanos se encontram. Orixás e ciganos convivem com reis mouros. Zé Pelintra sai de Alagoas e desembarca malandro na Lapa, junto com os migrantes que vêm para a capital, como bem cantado em um famoso ponto.

Muitos diziam que era coisa do diabo, que sacrificaram crianças e torturaram animais entre outras coisas abomináveis. O culto era visto como coisa ruim e começou a ser temido por muitos.

Algumas religiões se aproveitaram disso para banalizar ainda mais o povo do axé que só queria e continua querendo fazer o bem. Esse período foi o suficiente para denegrir e distorcer o que realmente é a Umbanda. Com a Internet e a coragem de alguns pais e mães de santo, sacerdotes e sacerdotisas, yalorixás e babalorixás muito se esclareceu e exercita-se a fé com mais liberalidade.

A perseguição atual não é política e sim religiosa. Lideranças racistas, despreparados pregam o preconceito e a intolerância religiosa, de forma velada ou com violência e falta de respeito para a Lei vigente. O Brasil foi construído pelo negros, sua força, sacrifício e inteligência, a quem nós devemos gratidão e reconhecimento, à esse povo que tanto fez pela nação onde foram trazidos pela força, sem remuneração, sem reconhecimento, ganhando  violência e humilhação.

Hoje mais informados deveríamos reconhecer esses povos, respeitando sua fé, sua visão de mundo e das forças criadoras da natureza.

Uma fé que respeita a todas e respeita nossas origens, pois todos nós somos filhos da grande mãe natureza onde se encontram os pontos de força e de fé do Umbandista.

A Umbanda foi apedrejada numa perseguição injusta e injustificável, pois é do bem, é o próprio bem. Ela cura, restaurar, respeita, cuida, ensina, faz florescer a fé, esperança, caridade para com todos e para a natureza. Se o homem é a mediada de todas as coisas, o mal é manifestação do que dissemina calúnia, injuria,difamação. Hoje claramente podemos ver que não existe Umbanda do bem ou do mal, existem pessoas do bem ou do mal.

Uma casa de Umbanda prega o amor, respeito, paz, alegria... Como diz seu hino: 'A Umbanda é paz e amor um mundo cheio de luz...'

O racismo, o preconceito é condição moral, de caráter, não questão religiosa. Há que se distinguir entre o culto ao Criador e o culto ao racismo geográfico, sexista, religioso. Desejar mal é incompatível com o ideário da nação mais cristã da Terra. Ser religioso vai além de frequentar culto, há de ser caminho ou ferramenta para lapidar nossas emoções e sentimentos que estão desalinhados. Bem e o Mal estão em nós, não na religião muito menos na fé.

Giulianna Altimari é psicoterapeuta holística, taróloga e sacerdotisa de Umbanda. Contato (65)99641-0281 Revisão do artigo: Dr Dionildo Campos, advogado e sacerdote de Umbanda.


Quem critica, fala de si mesmo.

 

Ao dizer mal de alguém ou lugar, ela estará falando mais de si que do outro, ao externar sua relação às pessoas e lugares. O preconceituoso vê maldade em tudo, o indisciplinado aponta fatos negativos, justificando sua saída ou seu afastamento do grupo. E as vezes sinaliza para o outro encobrindo ser ele mesmo o malfeitor.

O rancoroso mimado, não aceita reprimenda, orientação ou questionamento e imediatamente sai e se afastandodenigre pessoas e ambientes. Toda história tem dois lados e o maior erro é tomar a dor alheia. Manipuladores continuam sem limites, regras, responsabilidades viciados em fake News, fofocando a vida alheia sem medir consequências da atitude pode destruir na vida dos que o rodeiam.

Agem com sofisma e tem poder de manipular os fracos. Por isso devemos evitar fofoqueiros, comprar a briga alheia e sempre observar as questões antes de tomar partido ou escolher um lado para evitarmos ser injustos com os bons e alimentar ego dos ardilosos.

Observar as próprias atitudes e comportamento é saudável para o equilíbrio emocional. Pessoas conflituadas, mimadas, infantilizadas estão sempre predispostas ao conflito com o entorno social. Sobriamente devemos ouvir sim e não, sem necessidade de alinhamento com um dos lados é medida de boa educação emocional. O auto conhecimento nos ajuda a amadurecer as emoções sendo essencial para uma vida de sucesso e relacionamentos saudáveis.

Segundo a afirmação do filósofo Jean-Paul Sartre, “O inferno são os outros”, como poderíamos avaliar o grau de relacionamento entre as pessoas que são “obrigadas” a permanecerem em casa e se relacionarem com os seus?

Para a filósofa Gaúcha Jéssica Mesquita, Jean Paul Sartre, em 1944, escreve a peça teatral “Entre Quatro Paredes” (HuisClos, em francês), falando três pessoas mortas condenadas a passar a eternidade confinadas num quarto. Neste ‘quadrado’ o relacionamento gerado entre elas é tão desgastante que um personagem termina a peça dizendo: “O inferno são os outros”. Sartre não apresenta sua filosofia existencialista sob os ditames da crença, logo a visão de inferno, nesse sentido, é real quando temos que passar a eternidade próximos a pessoas indesejadas, isto é, muito além de avaliar apenas um local que fede a enxofre e é quente.

O verdadeiro inferno, parece ser resultante duma vida de relacionamentos negativos. Tal como outros sentimentos envolvidos nessa relação, como dor, sofrimento ou até mesmo angústia, própria da condição da existência humana.

O mais irônico é que Sartre acreditava que, para alcançarmos a verdadeira realidade, precisaríamos viver em isolamento. O que podemos extrair de positivo disso?

Ele ressalta que, se as pessoas estão num relacionamento fracassado, a vida é um inferno, mas isso não significa que essa seja a regra para os relacionamentos, pois também há relacionamentos saudáveis e positivos.

Além do mais, para qualquer indivíduo preocupado com os relacionamentos sociais e envolvido na busca de uma vida plena, a ideia de que o inferno são os outros é, no mínimo, inquietante, pois nos obriga a refletir sobre nós mesmos, sobre as pessoas com quem compartilhamos a vida, sobre a influência que exercemos uns sobre os outros e sobre o que podemos fazer (se é que podemos) para encontrar a felicidade.

Do ponto de vista da Bíblia, em Filipenses 2:14-16, diz que: "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa". Jesus também adverte sobre murmuração em João 6:41-59, ao dizer: "Não fiquem murmurando entre vocês".

A murmuração é um pecado da língua expressando má vontade e aborrecimento em relação a alguma coisa ou alguém não agradável. Murmurar pode levar a comunidade ou grupo à destruição, pois o murmurador nunca está contente com as decisões dos outros e sempre quer provar que está certo e o outro errado.

Sócrates, também observou o adequado uso da palavra, criando parábola que ensina a importância de passar pelas peneiras da verdade, bondade e necessidade antes de compartilhar informações:

A primeira peneira é a verdade, ou seja, se o que se quer contar é um fato verdadeiro. Se não for, é melhor não passar a informação adiante. A segunda peneira é a bondade, ou seja, se o que se quer contar é algo bom e que ajuda a construir ou a melhorar a vida dos outros. A terceira peneira é a necessidade, ou seja, se o que se quer contar é algo necessário, útil, que ajuda a humanidade ou melhora alguma coisa.

Como se vê, em seu tempo Sócrates, (470 -399 a.C) enfrentou as fakenews, criando esta parábola, para ensinar seus discípulos sobre os perigos da palavra sem ética, sem racionalidade, sem verdade, e pelo visto ainda estamos longe de ver na prática seus ensinos.

Quem viver, verá!!  

Giulianna Altimari é psicoterapeuta holística e taróloga 

Contato: [email protected] ou (65) 99641-0281


A tênue linha entre a Fé e o Fanatismo!

Uma discussão acalorada com um amigo sobre religião me fez perceber como a fé, em vez de unir, pode dividir quando se torna fanatismo. Neste artigo, explorarei a tênue linha entre a fé saudável e a intolerância, destacando a importância de cultivar uma espiritualidade que promova a harmonia.

O fanatismo religioso, muitas vezes, é alimentado por um sentimento de insegurança e medo do desconhecido. Ao aderir a uma doutrina rígida e exclusivista, indivíduos e grupos buscam uma identidade forte e um sentido de pertencimento.

Essa necessidade de validação pode levar à desumanização daqueles que não compartilham das mesmas crenças, fomentando o preconceito e a intolerância. A história nos mostra que o fanatismo religioso tem sido utilizado por líderes políticos e sociais para manipular massas e justificar atos de violência.

A compreensão das raízes psicológicas, sociais e políticas do fanatismo é fundamental para desenvolver estratégias eficazes para combatê-lo.

Além disso, o diálogo e a interação são essenciais. Envolver-se em diálogos respeitosos com pessoas de diferentes crenças fortalece a empatia e a compreensão mútua. A autocrítica e a reflexão também são importantes. Refletir sobre nossas próprias crenças e estar abertos à possibilidade de erro ou mal-entendido nos ajuda a manter uma mente aberta. Por fim, as ações positivas, praticando atos de bondade e serviço aos outros, independentemente de suas crenças, reforçam a ideia de que a espiritualidade deve ser uma força para o bem comum.

Imagine um mundo onde a fé, em vez de ser um motivo para conflitos, fosse um farol de esperança e união. Um mundo onde a mesquita, o terreiro, a igreja, o templo ou qualquer outro lugar de culto fosse um espaço de acolhimento e diálogo.

Infelizmente, a história nos mostra que o fanatismo religioso muitas vezes cegou a humanidade, levando a guerras, perseguições e sofrimento. Mas também nos mostra que a fé, quando cultivada com amor e respeito, pode ser uma força transformadora, capaz de inspirar atos de compaixão e solidariedade. É preciso que cada um de nós faça a sua parte, buscando o conhecimento, praticando a empatia e promovendo o diálogo, para que a fé possa, de fato, ser um caminho para a paz e a harmonia.

A linha entre fé e fanatismo pode ser tênue, mas é crucial para a construção de uma sociedade harmoniosa. Ao promover uma espiritualidade baseada no respeito, na compreensão e na empatia, podemos garantir que a fé seja uma força unificadora, não divisiva. Somente através do cultivo de uma fé saudável podemos esperar construir um mundo mais justo e harmonioso para todos.

Giulianna Altimari é taróloga e psicoterapeuta holística. Contato: [email protected] ou (65) 99641-0281


Artigo publicado no jornal A Gazeta


Banho de Ervas

 

. 

Esse costume milenar é vantajoso tanto no sentido emocional e espiritual quanto no físico, já que ajuda a acalmar, limpar as energias e até mesmo aliviar dores. Além disso, as ervas para banho são ferramentas poderosas para um dia a dia mais leve.

As ervas são elementos importantes , pois elas possuem energia vital e propriedades que podem auxiliar nos processos de limpeza, proteção, harmonização e atração de bênçãos, boas vibrações e quebra de energias densas, descarrego, etc... As ervas também podem ajudar a ampliar a mediunidade e a sintonizar com o mundo espiritual . 

Os banhos são como remédio para a nossa energia e chakras  Eles podem ser feitos para diferentes finalidades, como descarregar as energias negativas, fortalecer o campo magnético, abrir os caminhos, acalmar a mente, entre outras. Os banhos podem ser  preparados com água fervente, natural, rio, mar, cachoeira, poço, chuva,vinho, champanhe entre outros, além das inúmeras combinações de ervas e sempre tomando cuidado com ervas tóxicas. Para cada necessidade existe uma erva especifica e um preparo todo especial, alguns banhos devem ficar expostos a luz da lua, alguns ao sol isso  dependendo da erva,do tratamento e da finalidade. Geralmente são tomados  após o banho higiênico, do pescoço para baixo ou lavando a cabeça, conforme a orientação. Temos os banhos naturais que são banhos de mar, rio, cachoeira, chuva que são extremamente eficazes. A dica de hoje é o Jasmim muito utilizado em rituais de Umbanda pelo seu poder energético associado à pureza, amor e espiritualidade. Na Índia, considera-se essa flor sagrada, utilizada em cerimônias religiosas e como adorno em festivais, indicado para quem quer melhorar sua conexão com o mundo espiritual . O mundo das ervas é muito amplo e vamos desbravar esse mundo juntos aqui nesse meio de comunicação. 


Sofrer Por Amor: Por Que sofremos Por Amor? Freud Explica!

Ah, o amor… Sofrer Por Amor

Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor. Seja na adolescência, ou em qualquer fase da vida adulta.

As razões podem ser as mais diversas: falta de coragem para se aproximar da moça/rapaz de seu interesse; ou, teve coragem e foi rejeitado; ou porque esteve num relacionamento “perfeito” e foi abandonado(a); seja porque sofreu uma traição; ou porque, por medo ou insegurança, sempre fugiu de relacionamentos.


Florais de Bach: o que são, como funcionam e como tomar

Os florais de Bach são uma terapêutica desenvolvida pelo Dr. Edward Bach, que se baseia no uso de essências florais medicinais para devolver o equilíbrio entre mente e corpo, permitindo que o corpo fique mais livre para o processo de cura.

A terapia com os florais é completamente natural, não tem contraindicações e utiliza ao todo 38 tipos diferentes de essências que ajudam a expulsar emoções negativas do corpo, como medo, ódio, preocupação e indecisão.

Os florais de Bach devem ser utilizados como complemento ao tratamento médico convencional e não devem substituir as orientações do médico, especialmente se estiverem sendo utilizados sem supervisão de um terapeuta floral.

Como funcionam os florais de Bach

Segundo o criador dos florais de Bach, Dr. Edward Bach, o estado de espírito e as emoções têm um papel fundamental no aparecimento e na cura de diferentes problemas de saúde. Ou seja, quando alguém está sentindo emoções negativas, como medo, raiva ou insegurança, por exemplo, é fácil que o equilíbrio entre sua mente e corpo se perca, podendo levar ao surgimento de doenças.

Assim, o objetivo dos florais de Bach passa por restaurar esse equilíbrio, ajudando a pessoa a aceitar e trabalhar suas emoções. Por exemplo, quando alguém sente medo, deve trabalhar a coragem, já quem sente muito estresse deve melhorar sua capacidade para relaxar, de forma a que o corpo e a mente consigam estar novamente em sintonia, evitando ou combatendo diferentes tipos de problemas de saúde.

Como escolher os florais certos

Os 38 florais de Bach foram divididos em 7 tipos diferentes de categorias:

  1. Medo;
  2. Insegurança;
  3. Perda de interesse;
  4. Solidão;
  5. Sensibilidade aumentada;
  6. Desesperança e desespero;
  7. Preocupação.

Mesmo dentro da mesma categoria, cada floral tem sua indicação específica e, por isso, para escolher o melhor floral é sempre recomendado consultar um terapeuta floral, que irá avaliar a pessoa e tentar identificar através de seu comportamento e sintomas qual a emoção que pode estar em desequilíbrio.


Psicoterapia e Autismo: a Importância no Tratamento

É comum muitos pais ficarem chocados quando recebem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) de seu filho, isso porque muitas vezes lhes vem à cabeça a sentença de que o autismo não tem cura e que nada poderá ser feito para reverter esse quadro.

Felizmente a ciência avança a passos lagos e embora ainda se diga que o TEA não tenha cura, muito pode ser feito para que a pessoa autista possa ter uma melhor qualidade de vida.


.

CONTATOS

HORÁRIOS DE ATENDIMENTOS

 9:30 - 11:00
14:00 - 16:00

18:00 - 21:00

2020 All rights reserved.